Sei que há algo em meu peito
mas é algo que substitui o coração,
como se fosse uma ferida aberta
pulsante, com vida própria.
Tudo que me faz lembrar
que um dia possuí um coração
faz que ela abra novamente,
e assim, nunca cicatriza.
Resolvo esquecer que um dia
eu já fui alguém normal
com um coração no peito.
Eu acabo, por fim, me reservando
o destino dos covardes
daqueles de pouco caráter.
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