domingo, 30 de maio de 2010

Dança Silenciosa...

Assim que entrei na loja de música,
Percebi que ela me notou, mas não tive certeza
Dirigi-me ao tocador de CD que ela estava ouvindo
Nossos olhares conversaram sem palavras.
Resolvi ouvir a mesma música que ela,
Assim manteria ainda mais a conexão criada.

Havia muitas pessoas na loja,
Mas só nós estávamos ouvindo aquela música.
A cumplicidade que havia naquela relação
me causou imensa estranheza,
mas um sentimento de cumplicidade me tomou.

Era como se estivéssemos a dançar uma música,
Uma dança silenciosa, imóvel.
Na qual somente estavam sincronizados nossos olhares,
Nossa respiração, nossos espíritos.

Continuamos ali parados,
Sem coragem de nada dizer.
Com medo de que o som da palavra
pusesse fim à fragilidade daquela relação.

Um comentário:

  1. Quando há sintonia, o bailar fica só nos dois.
    E não existirá ninguém que desate o nó.
    Pairará eternamente o nós.

    Quem dera as histórias de amor pudessem passar das trocas de olhares.
    Abraço, irmão!

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