Assim que entrei na loja de música,
Percebi que ela me notou, mas não tive certeza
Dirigi-me ao tocador de CD que ela estava ouvindo
Nossos olhares conversaram sem palavras.
Resolvi ouvir a mesma música que ela,
Assim manteria ainda mais a conexão criada.
Havia muitas pessoas na loja,
Mas só nós estávamos ouvindo aquela música.
A cumplicidade que havia naquela relação
me causou imensa estranheza,
mas um sentimento de cumplicidade me tomou.
Era como se estivéssemos a dançar uma música,
Uma dança silenciosa, imóvel.
Na qual somente estavam sincronizados nossos olhares,
Nossa respiração, nossos espíritos.
Continuamos ali parados,
Sem coragem de nada dizer.
Com medo de que o som da palavra
pusesse fim à fragilidade daquela relação.
Quando há sintonia, o bailar fica só nos dois.
ResponderExcluirE não existirá ninguém que desate o nó.
Pairará eternamente o nós.
Quem dera as histórias de amor pudessem passar das trocas de olhares.
Abraço, irmão!