quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Campo de Batalha!


Não desista! Você tem que ter paciência!
Querem que eu lute, que eu permaneça em pé
Sou um guerreiro, 
e como tal não cairei enquanto não me liquidarem.

Ninguém me viu rastejar, 
ninguém me viu abaixar a cabeça.
Mas preciso de armas pra lutar,
preciso de estratégia, preciso de perspectivas.

Me ceifaram tudo e me pedem pra ser forte.
Me cortam os pés e pedem pra que não pare.
Me rasgam a face e pedem para manter a cabeça erguida.
Me cegam os olhos e pedem para que siga em frente.

Enquanto havia guerra, eu não me ausentei.
Enquanto uma direção me era apontada,
segui, na frente da tropa, sem olhar pra trás.

Mas agora não há mais direções, todos foram embora
Estou só e continuo no campo de batalha,
Ao meu lado só os corpos mutilados e o cheiro de sangue,
Estou ferido, sem armas, cego e sem general.

Um comentário:

  1. General somos nós em cada batalha nossa diária.
    Às vezes, entretanto, perdemos para nós mesmos.
    E nem apupos, nem aplausos ao fim,
    só os gritos lancinantes dos mortos onde devia ter ficado estagnado o silêncio.

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